Uhú!
Fui, voltei, e aqui estou de volta.
Estou devendo aquela explicação sobre meu bombástico primeiro semestre: o que aconteceu é que a realidade provou seu cacife, e minha insistência dourada em acreditar que o amor existe e é facinho teve que se transformar em uma pequena mas pesada administração de conflito.
Saí da casa do Alex, fui viver na Candelária (bairro colonial que fica no centro de Bogotá), onde o frio congela os pés, as mãos e às vezes os ânimos (o bairro é alto, portanto mais frio, e as paredes das casas, que por sinal são lindas, não esquentam muito). Em poucas palavras, tive que usar meu então nível reduzido de energia pra trabalhar, manter em dia o mestrado e me tirar do “bajón”. Acho que deu certo, porque fui a São Paulo trabalhar e conseguir plata pra seguir com os planos aqui (ou onde quer que seja), pensei e voltei. E, falando a verdade, passei um período muito legal na Candelária, sem falar da viagem de renovação à Guajira, região norte da Colômbia, onde o deserto encontra o mar do Caribe – e eu me encontrei, feliz (a fotinha é pra ilustrar o curioso estado de espírito). Resultado: nova visão das coisas colombianas e da minha participação aqui na loucurinha.
Bom, explicado o drama, vamos pra fase “paquitas, nova geração”. Voltei com os votos renovados. Estive em Buenos Aires, e minha querida amiga Helô (que cuidou muito bem de mim) foi uma grande inspiração para esse essencial desapego às coisas materiais que a pessoa tem que ter para ser um andarilho no mundo. Ela também faz mestrado fora, lá em Buenos Aires, e sabe da importância não só de “ter somente aquilo que se pode carregar”, citando-a devidamente, como de seguir adiante com os planos, ainda mais quando são planos de estudo, aprendizagem, experiência no mundo. Ser coerente, ser persistente.
Se tudo acontece como planejei (se leram o parágrafo anterior, sabe que não vai ser bem assim, mas não importa), em Bogotá estarei até o final do ano que vem. Não sei se já comentei aqui, mas a Colômbia me tem obcecada com o que é um país. Um país são duas coisas: um contexto social, político e econômico, por um lado, e um coração, por outro. Estou ligada à Colômbia por esses dois lados, e bastante. Quero me meter nesse contexto, aprender, me empanturrar e depois seguir a vida como seja, mas diferente. E também me sinto em casa, e aí está a parte do coração. Nunca senti aqui que estava em um lugar desconhecido. Sensação assim, estando de fato em um lugar desconhecido, não é coisa que eu queira desprezar.
Ando fazendo mil coisas e louca pra me organizar. Tenho muitas vontades e poucas horas no dia, assim que o mestrado vai ter que imperar, e o tempo que sobra terei que repartir entre o trabalho na produtora, o esforço pra manter vivo meu querido e necessário Lalatina.com.br, as colaborações com a Arcadia, com a Folha e, com sorte, com a Piauí, o projeto do livro, o projeto do roteiro, e os jobs que me garantem a grana. Muita coisa, já viram, então algo vai ter que dançar, antes que dance eu.
O fato é que sigo aqui presente e atuante. Ando com vontade de escrever coisas que não têm que ser tão pensadas antes de tocar o papel, assim que este meu querido e humilde blog pode ser uma boa via de escape, assim como os ouvidos (ou olhos) de vocês, queridos amiguinhos.
Estarei ainda mais presente. E atuante.
Besos, besos, desde o país da Operação Xeque, Jaque, Jegue....
1 comentario:
adorei teu blog
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