...uma palavrinha sobre a última marcha do dia 4 de fevereiro, contra as FARC, que rolou simultaneamente em várias cidades do mundo. Uma querida amiga jornalista, a Janis, me escreveu pra perguntar de que se tratava a coisa e pra pedir uma opinião sobre apoiar ou não apoiar, já que ela não queria "estar do lado de nenhum imperialista fdp".
Bom, eu também jamais quero. Por isso, dei uma sentida geral e, no começo, a coisa parecia ser "simplesmente" contra as Farc. Mas os dias passaram, digamos, e logo o governo colombiano se aproveitou para divulgar a coisa à exaustão, colocar grana pra organizar uma infra (incluindo um palanque em frente do Palácio na Plaza de Bolívar com telão da RCN), mandar fazer camisetas etc.
Quando saí um domingo, dia anterior ao evento, pra dar uma volta por Usaquen, vi que o frenesi dos vendedores de camisetas que diziam "Colombia soy yo" e algo como "no a las FARC" estava pesado, tive certeza que o negócio estava perdido. Foi aí que escutei o vendedor gritar Marcha pa' niño, marcha pa' niñaaaa! e perdi grandão a esperança.
Mas na segunda saí às ruas pra ver de que se tratava. Nada trascedental, muita gente. Em todo caso, fiz imagens com a camerita.
E no mais: querida Janis, espero que não tenhamos apoiado Uribe e sim dado voz a um pedido de não-violência. Num país (e numa América Latina) tão polarizado, em que os que marcham contra as Farc, estão marchando pelo presidente.... Bem que seria interessante olhar as coisas com mais matizes.
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